TEXTO ESCRITO NO FINAL DE 2008
“TRANSFORMAÇÃO NÃO É DESTINO, É POSSIBILIDADE.”
Nestes tempos que antecedem as campanhas eleitorais e as próprias eleições, quando surgem promessas, propostas, inverdades e premissas verdadeiras,tempos em que a população, alvo do trabalho social ( famílias,associações de moradores,escolas,artistas,idosos,trabalhadores,desempregados etc ),é citada com constância e veemência, faz-se mister uma reflexão sobre a premente consciência crítica que deve permear a nossa postura, enquanto cidadãos eleitores.
Inicialmente,é necessário que tenhamos, em mente,que,em contrapartida aos raros verdadeiros políticos,existem,ainda,aqueles que fazem questão de reforçar a mesmice,o assistencialismo,o protecionismo e a não mudança de visão daquilo que deve ser entendido e praticado como atendimento social, onde o homem é trabalhado, enquanto indivíduo portador de problemas,ao invés de ser trabalhado na sua dimensão de coletividade.
Muitas vezes,o caráter de filantropia,impresso nas políticas sociais,impede que a população exija,de forma organizada,a garantia de seus direitos.E esse caráter de benesse, contido nessa forma de política social,passa para a população,mais a característica de uma atuação de face humanitária do governante,do que,efetivamente,de atendimento a um direito que lhe é devido.
Na verdade,só podemos avançar politicamente,através da força dos sujeitos coletivos e da força comunitária,pois é o homem ,enquanto ser social, o único protagonista de sua história.Com certeza,as formas coletivas de estratégias de sobrevivência e as formas solidárias,a partir dos movimentos sociais, organizados pela população,têm nos mostrado que o avanço em direção à cidadania ocorre, quando as classes populares resolvem seus problemas em conjunto e organizadamente, sem permitir a instalação de vínculos de dependência,rompendo com a benemerência dos governantes e buscando respostas efetivas às necessidades, não de um,mas,de todos.
Acredito, que, não só pela técnica, mas,sobretudo por uma séria leitura política da realidade,povo, governos e governantes, deverão trabalhar, juntos, na linha de “práxis”,ou seja,desenvolvendo ações que transcendam as aparentes necessidades individuais e que, contemplem a força dos sujeitos coletivos e seus coletivos projetos,oportunizando,assim,possíveis e significativas remodelações na realidade social.
Valença,junho de 2008.
Jocely A. Macedo da Rocha – Jô –
( Socióloga)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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