CONJUNTO ÉPOCA DE OURO COMEMORA 45 ANOS COM TEMPORADA NO RIO SCENARIUM
O conjunto de choro com mais tempo em atividade fez sua última apresentação da temporada na última quinta-feira, dia 5 de novembro. A cada show eles surpreenderam o grande público que compareceu para apreciar os maiores sucessos do choro de todos os tempos interpretados pelos maiores entendedores do assunto.
O Época de Ouro foi fundado por Jacob do Bandolim em 1964 e se mantém em atividade até hoje. Além do inesquecível Jacob, o conjunto também reunia em sua formação os violonistas César Faria (co-fundador e pai de Paulinho da Viola), Carlinhos Leite, o revolucionário do violão de 7 cordas, Dino Sete Cordas, Jonas Silva no cavaquinho e Gilberto d?Avilla no pandeiro.
Foi com essa formação original que, antes mesmo do Época ser fundado, Jacob e companhia gravaram dois LPs: Chorinhos e Chorões (1961) e Primas e Bordões (1962).
Em 1967, o Época de Ouro gravou o premiado disco Vibrações com a participação de Jorginho do Pandeiro que integra o grupo até hoje.
Em 1968, o laureado grupo participou do memorável show produzido por Hermínio Bello de Carvalho, com Elizeth Cardoso e o Zimbo Trio, no Teatro João Caetano.
Mesmo com a morte de Jacob, em 13 de agosto de 1969, o Época de Ouro soube preservar sua identidade mantendo-se sempre fiel ao padrão que ele imprimiu.
Depois de 4 anos sem se apresentar eles retomaram suas atividades em 1973 a convite de Paulinho da Viola, para participar do espetáculo SARAU, no Teatro da Lagoa. Assim surgiu o Clube do Choro, idealizado por Paulinho da Viola e Sérgio Cabral. A partir daí, todo o país começou um movimento em busca da maior projeção ao Choro quando a Bossa Nova era o ritmo que reinava.
Para o SARAU, o mestre Jacob foi substituído pelo discípulo Déo Rian, que por sua vez, deu lugar a Ronaldo do Bandolim, em 1976, e que continua no grupo até hoje.
Na atual formação estão ainda o irmão de Dino Sete Cordas, Jorginho do Pandeiro -no grupo desde 1972; Tony Sete Cordas (violão) e Jorge Filho (cavaquinho) -integrantes desde 1988; André Bellieny -no violão desde 2005; e, mais recentemente, Antonio Rocha nas flautas e flautim.
Em 1977, produzido por Jorginho do Pandeiro, o conjunto grava mais um disco "Época de Ouro interpreta Pixinguinha e Benedito Lacerda", rendendo ao Época de Ouro o prêmio de Melhor Conjunto Instrumental do Ano pela revista PLAYBOY.
Como não poderia deixar de ser, em 1987 o conjunto homenageou os 50 anos de carreira do violonista Dino Sete Cordas, gravando o LP "ÉPOCA DE OURO - DINO 50 ANOS", com participações de Paulinho da Viola, Cristóvăo Bastos e do Maestro Severino Araújo.
Em 1996, ao retornar da Alemanha, o conjunto foi convidado por Marisa Monte, Elba Ramalho, Ivan Lins e Paulinho da Viola para participar das gravações dos seus CD's.
Em agosto de 2001 lançam Café Brasil, disco que compõe uma mistura aromática do Conjunto Época de Ouro com grandes intérpretes com Marisa Monte, Paulinho da Viola, João Bosco, Martinho da Vila e Leila Pinheiro. Este CD foi lançado no Japão com grande sucesso, chegando a marca de 25 mil cópias vendidas naquele país.
Em 2002 o conjunto grava o CD Café Brasil 2 com a participação de Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Ney Matogrosso, Ivan Lins, Mosca, Arlindo Cruz e Sombrinha, Elba Ramalho, Nó em Pingo D Água e Lobão.
Em 2003 o Época de Ouro é convidado a fazer outra turnê no Japão lançando também o Café Brasil 2.
Até os dias atuais o Época de Ouro e seus componentes, junto com Jacob do Bandolim, já gravaram mais de 40 discos.
No Rio Scenarium, as comemorações de 45 anos foram em shows especiais que aconteceram de agosto a novembro de 2009.
sábado, 22 de maio de 2010
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